Trinta dias na capital do mundo

Desvendando a Big Apple

Texto e fotos: LUIZ GUADALUPE

Cônsul da República Tcheca-Agente de Turismo

Trinta dias na capital do mundo: Sou um apaixonado por New York e tive a oportunidade e o prazer de passar todo o mês de outubro na Big Apple. Aluguei um studio no elegante East Side e aproveitei bastante minha estada A primeira ação foi comprar um passe ilimitado de 30 dias no transporte público. Isso dá ao turista a mobilidade para curtir a cidade. Valor:USD 135,00. Para passear por Manhattan a melhor opção é o ônibus. Muito confortáveis e com boa frequência. Como gosto muito de música clássica e óperas e no mês de outubro há muitas apresentações, o ônibus 66 passava a duas quadras e me deixava em frente ao Lincoln Center. Já o 31, em frente ao Carnegie Hall.

Perdi a conta de quantas vezes fui a New York, mas sempre em períodos curtos de no máximo 1 semana. Mas em um mês, tive a possibilidade de visitar lugares novos, como Bronx e Staten Island. No Bronx está a outra Little Italy, frequentada por moradores e poucos turistas, com ótimos restaurantes. Sugiro o Zero Otto Nove na Arthur Avenue.  O ferry boat para Staten Island é gratis e oferece uma bela vista da estátua da Liberdade. A ilha tem poucos atrativos, mas visitei a tradicional cervejaria Flagship, que produz ótimas cervejas.

Outros lugares diferentes:  a Taverna irlandesa mais antiga da cidade, McSorley’s, no East Village, imperdível, com a mesma decoração do século XIX.  Perto da Wall Street, está a Fraunces Tavern, local frequentado por George Washington, onde ele se despediu de sua tropa, no final da Guerra da Independência. Repeti alguns conhecidos, como o Carmine’s no Times Square, o Balthazar, no Soho e Peter Lugger, no Brooklin e o Sylvia’s, no Harlem. Outra ótima opção, o badalado Emilio’s  Ballato, na East Houston. Tem fila, mas vale a pena.

Trinta dias na capital do mundo: Para quem visita New York há 50 anos, pude constatar muitas mudanças na cidade. As modernas construções no West Side mudaram o aspecto da região. Antes, prédios velhos e decadentes, hoje moderníssimos prédios. Hudson Yards, com seu shopping center e o observatório The Edge é hoje uma visita obrigatória. Sugiro almoço na Little Spain, no Shopping Center.

Com o conforto do transporte público visitei pontos extremos de Manhattan como Washington Heigts, The Cloisters, museu anexo do Metropolitan Museum, Manhattanville, o Hudson River Park, New York Highline, etc. No campus da Columbia University, na Saint Paul Chapel, assisti a dois maravilhosos concertos. E em uma dessas idas, presenciei as primeiras manifestações de protestos e apoio a Israel, logo após o ataque do Hamas. Também novidade para mim, visitei o excelente Museu do escultor Isamu Noguchi em Astória, com magnificas obras de arte

Trinta dias na capital do mundo: Não deixei de visitar o tradicional MET, mas fui ainda no Whitney Museum, de arte americano e o Brooklin Museum, que apresentava uma excelente exposição sobre Spike Lee. Como grande admirador do presidente Teddy Roosevelt, participei das comemorações dos 100 anos da inauguração do Museu em sua homenagem, na casa onde nasceu. Tenho muitos amigos na cidade, com os quais pude me encontrar. Um destes, o estimado Fábio Machado, belo-horizontino, empresário de sucesso, residente em Long Island, me ofereceu um jantar em um de seus restaurantes, o Cassis, um dos Top 5 daquela região. Realmente, tive uma produtiva e prazeirosa estada na Capital do Mundo.

Em outubro de 2024, nova temporada, se Deus quiser.