O ADEUS DE PACÍFICO MASCARENHAS

O ADEUS DE PACÍFICO MASCARENHAS Por Francisca (Kika) Mascarenhas – Filha

Quando a revista PRIMEIRA LINHA me ligou e pediu um “breve relato” a respeito do meu pai, PACÍFICO MASCARENHAS pensei…nuhhh… que tarefa difícil vai ser resumir o “tantão” que ele foi… meu pai era um sujeito inteligentíssimo, excentricamente simples, um cara honesto, puro, “boa praça”, que só ajudou e fez o bem! Um cara fora dos padrões convencionais, múltiplo!

Seus pais Alexandre e Dona Lili eram empresários do ramo têxtil e sonhavam para esse filho, uma engenharia fora do país, mas esse rapaz nunca quis carreira acadêmica, gostava mesmo era de uma boa bossa! Frequentava os banbanbans da época; Tom Jobim, João Gilberto, Elmir Deodato, Toninho Horta, Milton Nascimento, Nara Leão dentre outros vários… e influenciado pelo ritmo da época começou a compor e tocar suas próprias músicas!

Viu que o mundo ia além de uns teares rodando… queria alçar mais alto… queria a bossa nova… queria a música… gostava era da Turma da Savassi, desses amigos… gostava das festas , não perdia uma!

O ADEUS DE PACÍFICO MASCARENHAS

O amigo que entregava bebida, só avisava onde seria a festa e lá estavam eles, penetrando! Faziam serenata para as moças, até em caminhões, seguia os ônibus colegiais, tinha jeito pra isso.

Foi diretor social do Minas TC por décadas, promovendo as festas e contratando os shows, adorava. Por outro lado, ainda tinha tempo pro automobilismo, comprou seu primeiro carro aos 17 anos, um Packard 1937 que fôra da presidência da República e era o seu predileto. Depois disso não parou mais, foram mais de 100 a150 carros que passaram por suas mãos e a ferrugem nunca mais saiu do seu sangue!

Pacífico deixou um legado incrível de fãs, amigos, pessoas ligadas a arte, cultura e música! Foi homenageado em vida, e está eternizado no Circuito Liberdade, em frente ao Minas 1 com seu violão!

Deixou uma família linda com minha mãe, Emília, somos três filhos, eu ( Kika), Xande (in memoriam) e Lito, quatro netos, Ivon, Antônio, Valentina e Carolina. E com certeza milhões de amigos, parentes que sempre o terão no coração, ou no violão, pois essa “Canção não terá pouca duração”… Bjos.

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