Mães de Primeira Linha – Rogério Faria Tavares
Mães de Primeira Linha – Rogério Faria Tavares
Feroz, a pandemia chegou para testar a resistência e o limite da família humana. Impiedosa, ceifou milhares de almas por todo o planeta, lembrando a espécie de sua fragilidade e da precariedade de sua existência. Persistente, ainda não deu sinais de esmorecimento. O medo passou a fazer parte do nosso cotidiano, alterado radicalmente por conta dos protocolos sanitários. A cautela, se já era virtude mineira, agora virou instrumento de sobrevivência. Não tem sido fácil, como todos sabem. Como ainda não apareceu uma luz convincente no fim desse túnel escuro que nos coube atravessar, vamos vivendo um dia de cada vez, com paciência, serenidade, e, sobretudo, esperança.
Se, em maio do ano passado, pensávamos que o Dia das Mães de 2021 seria de comemoração dobrada, a realidade mais cruel chegou para adiar o sonho: ainda não será possível celebrar devidamente o amor infinito que todos sentimos por aquelas que nos geraram. Eu, pelo menos, não tenho coragem de promover o famoso almoço festivo, onde todos comem e bebem juntos, em clima descontraído, como é o ideal. Assim, a solução é recorrer a formas alternativas para manifestar o afeto e o carinho pelas mulheres que nos trouxeram ao mundo. Solidário a esse drama, e fiel à sua tradição, o Jornal “Primeira Linha” publica mais uma edição especial do mês de maio, dedicada, como sempre, à figura materna. José Lopes presta à comunidade, desse modo, serviço de valor inestimável, realçando o papel da maternidade como merecido, especialmente num momento como o atual, que pede o chamado ‘isolamento social’.
Responsáveis pela geração da vida, as mães não só dão à luz. Elas educam, inspiram e ensinam a amar. São referência, colo e porto seguro, certeza de apoio e de compreensão. Fontes nutridoras de energia física, mental e psíquica, amparam, animam e consolam. As mães aqui homenageadas, com muita justiça, representam um pouco do amplíssimo universo de mulheres que desempenham tal função, que não é fácil nem leve, que exige esforço, empenho e uma inesgotável capacidade de doação. A elas todas é preciso expressar, sempre, e em todas as oportunidades, não só nas datas especiais, a gratidão sincera e a afeição perene.