Maria Esther Maciel
Maria Esther Maciel
Por Ricardo Maciel dos Anjos (filho)
Estherzinha. É assim que, até hoje, tenho o prazer de chamar a Maria Esther Maciel, essa professora, poeta, escritora, pesquisadora e acadêmica da Academia Mineira de Letras que tanto amo, respeito e admiro. E, por acaso, ela é minha mãe. Eu a chamo de Estherzinha quase que desde que me entendo por gente. E também é desde que me entendo por gente que tenho muito contato com a literatura, graças, em sua maior parte, a ela. Meu pai e padrasto também foram bastante importantes nesse quesito, mas este texto não é sobre eles; é sobre ela. Estherzinha sempre foi uma força imensamente incentivadora para mim. Até meus onze ou doze anos, ela lia para mim antes de dormir quase todas as noites. Foi assim que conheci Tolkien, Cecília Meireles, Michael Ende, Lewis Carroll, Ziraldo, Ítalo Calvino, Monteiro Lobato, as Mil e uma noites (estas lidas para mim antes mesmo de eu nascer), mais tantas histórias, fábulas e mitos de autores, povos e culturas diferentes. Livros sempre foram os presentes que eu mais ganhava dela. Mesmo bem novo, eu já era dono de uma biblioteca invejável. Ela também fazia questão de me dar brinquedos que influenciassem a criatividade, como conjuntos de Lego, que eu usava para criar cidades, castelos, histórias e mundos. Estherzinha elogiava, criticava e divulgava minhas criações ‘literárias’ (redações de escola, poemas, criações aleatórias). Depois que desisti do curso de arquitetura, a única coisa que conseguia pensar em estudar era literatura. Fui parar na Letras da UFMG, onde ela lecionava. Mas evitei cursar disciplinas com ela, para trilhar meu próprio caminho. Hoje em dia, sou doutor em literatura comparada, tradutor e tenho livros de literatura fantástica publicados, mas Estherzinha segue sendo minha grande inspiração, minha grande aspiração, a grande altura que almejo alcançar e, quem sabe um dia, talvez até superar.
Oi…
Visitei seu site, muito bom, voltarei em breve.
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Obrigado..!