OBRA MILIONÁRIA VAI PREJUDICAR BH.
OBRA MILIONÁRIA DA PREFEITURA VAI PREJUDICAR BH
Opinião:
OBRA MILIONÁRIA VAI PREJUDICAR BH, A PBH iniciou na 6a feira dia 12/01 a implantação da ciclovia de duas pistas que vai ocupar uma pista inteira da av. Afonso Pena em toda a sua extensão, desde a Praça Rio Branco (rodoviária) até a Praça da Bandeira. Parte do trecho tem uma diferença de nível de 152 m. entre o Palácio das Artes e a Pç. da Bandeira, sendo que nos 300 m. do “tobogã entre a av. Getúlio Vargas e a av. do Contorno, nem atletas com bikes de 5 marchas conseguem vencer a subida.
A obra custará quase 25 milhões e se intitula “Mais uma obra do centro de todo mundo”. Ora, o centro termina no Palácio das Artes, daí para cima a avenida é via de acesso para toda a região Sul.
Tem mais: presume-se que uma ciclovia seja continua, mas esta terá várias interrupções- os semáforos somam 19 da rodoviária até o topo do morro na pr. Milton Campos e daí até a av. Bandeirantes são mais 10 paradas.
A situação é séria. O bom senso manda avaliar a proporção dos beneficiados em relação aos prejudicados. Pelo censo de 2010, metade da população da cidade tem menos de 18 e mais de 50 anos- potencialmente não ciclistas.
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Bicicleta é para uma única pessoa, portanto não dá para levar na garupa idosos ou crianças para a escola.
Para se ter acesso à ciclovia é preciso morar perto, a escassa população do centro é majoritariamente idosa. Ou pegar ônibus- logo estes deverão ter 1/4 do espaço para as bicicletas, que seriam dobráveis (e caras). Para conforto de quem pretende chegar ao trabalho de bicicleta, o centro deverá ser equipado com estacionamentos e vestiários, pois a maior parte do tempo faz calor ou chove. Lazer de fim de semana? A parte central da av. Afonso Pena fecha aos domingos para a Feira de Artesanato.
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Vejamos como ficará o trânsito:
A interferência vai criar um caos total no trânsito, não só da avenida como das importantes vias que a cortam. E daí o caos se estenderá por toda a região centro-sul.
Observe os pontos de afunilamento e retenção de trânsito que serão criados, de cima para baixo- que é a mão da avenida que ficará estrangulada:
1- Na Praça da Bandeira, depois que, neste mês, já tomaram uma pista para alargar a praça, a fila de veículos na av. Bandeirantes para entrar na praça, nas horas de pico, passou de 300 para 600 metros. Com esta nova intervenção, para o uso exclusivo de uns poucos ciclistas, para sair da praça da Bandeira e entrar na av. Afonso Pena, haverá uma única pista, já que a da direita é exclusiva para coletivos. Logo, na Bandeirantes, que só tem uma pista, a fila poderá chegar a um quilômetro.
Na Afonso Pena, o asfalto já está cortado onde será o passeio de 40 cm (cabe uma pessoa aguardando a perigosíssima travessia da pista de bicicleta para a pista de veículos?)
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Ali, ao sair da praça para a avenida, para um ônibus comum fazer a curva, a roda tangencia este passeio. Um perigo! Os ônibus de turismo de dois andares que frequentam a praça do Papa já fazem esta curva com dificuldade. Com a redução da pista, certamente terão que fazer manobra (dar ré!) na praça para conseguirem pegar a Afonso Pena.
2- Em frente ao Tribunal de Justiça, o trânsito já para devido aos quatro semáforos seguidos e aos táxis em fila dupla. Com uma pista a menos não haverá passagem.
3-Na praça Milton Campos há duas pistas de espera à esquerda para atravessar a outra pista da Afonso Pena e descer Contorno em direção à Savassi.
Tirando um pista para bicicletas, não sobra pista de passagem para veículos, uma vez que a pista da direita é de parada de coletivos.
4- O cruzamento da Afonso Pena com av. Carandaí já retém o trânsito, desde a praça Tiradentes por cerca de 20 min., na maior parte do dia. Com uma pista a menos, este tempo deverá dobrar.
5-A partir da rua da Bahia até a rodoviária, o trânsito de pedestres cruzando a avenida é intenso. A população não atravessa nas faixas- normalmente atravessam à frente dos carros sem nem olhar. A quantidade de atropelamentos na faixa de ciclistas será absurda! Logo, a prefeitura deve prover a Praça Sete de um posto de pronto-socorro.
Todo este imenso transtorno e perigos no trânsito para quê? Beneficiar ciclistas. Quem vai andar de bicicleta na avenida principal da cidade no meio de um trânsito infernal e poluição?
Analisemos o sucesso das pistas de bicicletas que poderiam conectar com a nova ciclovia:
No sábado, dia 13/01, época de férias, entre 11 e 11:30 h de uma manhã pouco nublada, sem chuva, temperatura de 28º, não havia uma única bicicleta na ciclovia da rua Professor Morais entre av. do Contorno e av. Afonso Pena (sempre vazia). Na sua continuidade, ao longo da Av. Bernardo Monteiro, a pista de bicicleta estava cheia de pessoas caminhando – sem nenhuma bicicleta.
Conclusão:
Esta nova ciclovia é inconcebível! De onde sairá o ciclista para chegar onde?
Dias de trabalho será perigosíssima devido ao declive interrompido por semáforos (na mão de descida) e ao intenso trânsito de pedestres e veículos.
Aos sábados à tarde? Tem lugares mais aprazíveis, na Pampulha, por exemplo.
Foi um desrespeito cidade aprovar esta reforma absurdamente cara sem um estudo de impacto no trânsito e consulta à população. Gasta-se um dinheiro que poderia ser mais bem aproveitado em saúde e educação para o povo. Para beneficiar quem? Uns poucos ciclistas destemidos ou loucos.
Vai se gastar um absurdo para depois concluir que foi um erro colossal. E torna-se a gastar para retirar tudo.
Contamos com você, cidadão de BH para levantar-se e colocar em discussão imediata esta questão. Esta ciclovia precisa ser abortada!
OBRA MILIONÁRIA VAI PREJUDICAR BH .
Belo Horizonte, tem mais carros que habitantes, existe uma ignorância quanto se fala em “mobilidade Urbana” ou “conceito intermodal”. Nossa cidade minúscula tem um relevo difícil e motorista mais mal-educados do Brasil, não respeitam, pedestres, motociclistas, ciclistas e ou demais motoristas.
Quem lê esta revista, já viajou para a Europa conheceu o EUROVELO, uma forma de viajar pela Europa inteira por ciclovias, uma cidade como Paris que onde os ciclistas são respeitados e protegidos . Nos Países Baixos, 84% da população usam bicicletas. Então, esta obra da ciclovia da Afonso Pena não será em vão, BH passará seu uma cidade moderna e consciente