MÃES DE PRIMEIRA LINHA 2023 – Anella Peluso
MÃES DE PRIMEIRA LINHA 2023
Anella Peluso
Fotos arquivo pessoal/@paulapcuri
Quando penso em “Mulheres de Primeira Linha” não posso deixar de citar algumas que são fundamentais para que eu me tornasse a mulher que sou hoje, e para que eu continue me esforçando para ser cada dia melhor. Essas mulheres são: minha avó paterna Anella, minha avó materna Maria Cecília, minha mãe Cássia, minha sogra Kátia, e principalmente, minha filha Teodora. Minha mãe sempre fez o possível e o impossível para eu tivesse uma criação de “primeira linha”. Lembro de ver minha mãe se desdobrando em um milhão de pedacinhos para poder me dar uma vida exemplar. Estudei nas melhores escolas, tive festas maravilhosas, fiz viagens incríveis. Muitas dessas coisas não eram fáceis para minha mãe, mas ela nunca desistiu de me ver feliz. E vejo isso se repetir hoje, quando ela exerce o papel de avó da Teodora. Ela não mede esforços para realizar sonhos da neta. Ver a trajetória da minha mãe, menina de família simples de Camanducaia, interior de MG, que veio para Belo Horizonte cedo para trabalhar e ter oportunidades melhores, me inspira muito para que eu seja cada dia melhor. Como filha e como mãe.
Meu maior sonho sempre foi ser mãe e ter uma família grande, para ter sempre a casa cheia. Assim como minha avó Anella fez em seus 95 anos. Eu via a casa dela cheia de filhos, noras, genros, netos e depois os bisnetos e ficava maravilhada com toda aquela movimentação. Eu queria e sonhava com uma grande família, cheia de italianinhos gritando dentro de casa. Do jeitinho que era na minha infância.
E ai veio a Teodora. Uma criança que foi planejada e amada desde o primeiro momento. A minha primeira “italianinha” que tem exatamente o gênio forte da família Peluso, mas que é a cara da minha mãe.
Eu pedi a Deus uma filha igual a Teodora. Parece que fiz um desenho e ele se tornou realidade. Eu orava para ter uma criança do jeitinho que ela é. Deus foi muito generoso comigo. Me deu muito mais do que eu pedi e merecia. Me realizo a cada segundo sendo a mãe/mommy/mamãezoca da Teodora. E às vezes me pego olhando para trás e vendo o quanto minha mãe foi forte e guerreira.
E não posso deixar de agradecer também a Deus por permitir que a Teodora tenha a companhia da minha avó Maria Cecília. Ela passou um tempo morando com a gente aqui em BH e a convivência diária dela com a Teodora trouxe coisas importantíssimas para mim, e para as memórias afetivas da Teodora também. Vendo ela com minha filha, exercendo seu papel de bisavó, me fez voltar no tempo e lembrar das noites que eu pedia pra dormir na casa dela. Era uma farra!! A gente fazia meu para casa da escola juntas, afinal ela era professora e foi diretora de uma escola no interior de MG. Ela comprava coisinhas gostosas no supermercado pra mim, e fazia as receitas que eu mais amava e que até hoje penso nela quando vou fazer em casa: arroz doce, rosca de côco, pavê de sonho de valsa e arroz de forno. Às vezes dou até uma ligadinha pra ela só pra confirmar a receita, mas mesmo assim, nunca sai igual. Vovis, o que a senhora faz vai ser sempre o melhor. Posso rasgar meu diploma de gastronomia. Mesmo se eu fizer mil vezes, ou até mesmo do seu lado, não sai igual. Acho que as avós passam a ter “mãos encantadas” depois que mudam o status de “mãe” para “avó”. Talvez, no futuro, quando meus netos chegarem, eu consiga copiar suas receitas!
Meu nome é Anella, e se hoje eu sou uma mulher forte é porque uma mulher forte me criou. Obrigada mãe, por sempre estar do meu lado pra qualquer coisa e por ser meu exemplo de vida. Feliz dia das mães para todas as mães, e principalmente para a minha mãe: Cássia Cristina Cintra, pois sem ela eu não poderia ser a filha, mãe, esposa, nora e neta que eu sou.