Lançado o número 81 da Revista da Academia Mineira de Letras

 

Em cerimônia comandada pelo presidente da Academia Mineira de Letras (AML), jornalista Rogério Faria Tavares, na manhã do dia 23 de julho, foi lançado, na Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto, o número 81 da revista da instituição. Agora celebrando seu primeiro centenário, o periódico mantém sua versão impressa, mas também está no formato digital. A sua coleção completa pode ser acessada no site da AML, inteiramente grátis. Com 466 páginas, o volume 81 teve Leonardo Mordente como revisor e preparador de originais. A imagem da capa é assinada pelo artista Jorge dos Anjos. O texto da ‘orelha’ é de autoria do escritor e poeta Edimilson de Almeida Pereira. O poema de abertura da edição é “O Estranho”, de Flávia de Queiroz.

O número 81 traz dois dossiês temáticos. O primeiro é sobre as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, organizado pela professora Nazareth Soares Fonseca e Rogério Faria Tavares. Nele, os leitores encontram mais de trinta textos sobre escritoras e escritores de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Entre os nomes estudados, estão Agostinho Neto, Alda Lara, Luandino Vieira, Ondjaki, Pepetela, Mia Couto e Paulina Chiziane, ganhadora do Prêmio Camões no ano passado.

O segundo dossiê temático da revista foi organizado pela professora Maria Inês de Almeida e pelo escritor Ailton Krenak, recentemente eleito para a cadeira de número 24 da Academia, na sucessão do cronista Eduardo Almeida Reis. O dossiê traz dois textos inéditos de Ailton: “Poesia-experiência” e “Takruk Mik – O livro da Vó Laurita”, além de contribuições de Rosângela Tugny, Kanátyo Pataxó, Ercina Xacriabá, Gleyson Kaxixó e dos professores da Aldeia Brejo Mata-Fome.

Na cerimônia de lançamento do número 81 ainda se homenageou o patrono da Academia, o poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens, pelos cento e cinquenta anos de seu nascimento, ocorrido em 1870. Seu centenário de falecimento, em 2021, também foi relembrado. O acadêmico Ângelo Oswaldo, atual prefeito de Ouro Preto, falou sobre o legado poético de Alphonsus e sua importância para a literatura brasileira. Outro homenageado foi o poeta Mário de Lima, que presidia a Academia em 1922, quando resolveu criar a revista da entidade. O acadêmico Caio Boschi falou sobre a vida e a obra de Mário de Lima e seu neto, Luiz Otávio de Lima Pereira, agradeceu a homenagem em nome da família.

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