Minas Gerais lidera produção global do “metal do futuro”

Minas Gerais lidera produção global do “metal do futuro”

Maior complexo industrial de produção de nióbio fica em terras mineiras

 

Tecnologias que permitem o aumento na resistência de aços automotivos e a recarga de smartphones têm em comum o emprego de um metal em específico: o nióbio. O elemento químico de número 41 da tabela periódica começou a ser produzido há pouco mais de seis décadas, e hoje caminha para tornar-se mais popular, graças à versatilidade, segurança e sustentabilidade que oferece.

Minérios que podem servir como base para produção de nióbio estão presentes na crosta terrestre de todos os continentes, mas o processo de industrialização é desenvolvido por poucas empresas. Na cidade de Araxá, em Minas Gerais, está a maior planta de produção e comercialização do elemento no planeta.

A marca surpreendente não foi alcançada por acaso: após décadas de estudos, que uniram a iniciativa privada, governos e pesquisas acadêmicas, a CBMM criou uma tecnologia própria para produção do nióbio, trunfo que tornou a empresa brasileira a líder mundial na produção e fornecimento de produtos de nióbio, atendendo a mais de 400 clientes, de mais de 50 países.

“Enquanto o aço é tratado há milênios, o nióbio é beneficiado há apenas seis décadas. Dentro disso, é importante lembrar o pioneirismo da CBMM ao desenvolver, em Araxá, os processos industriais metalúrgicos e químicos que permitiram a produção do nióbio”, afirma o gerente de Marketing e Comunicação da CBMM, Giuliano Fernandes.

O especialista explica que a empresa foi a primeira e criou o mercado após ter desenvolvido os processos que tornaram possível a produção desse metal a um custo competitivo. Na atualidade, a CBMM lidera a produção mundial de Nb, sendo Minas Gerais o maior produtor.

No ano passado, foram 120 mil toneladas de nióbio comercializadas no mundo. “É muito pequeno se comparado com outros materiais, como o aço, que está na casa dos bilhões. Mas ele é crescente e tende a se expandir significativamente na próxima década, inclusive devido às inúmeras possibilidades e à evolução da tecnologia”, completa Fernandes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *