MULHERES DE PRIMEIRA LINHA DE 2021 – NOVAS VEREADORAS
MULHERES DE PRIMEIRA LINHA DE 2021
NOVAS VEREADORAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE BH
Fotos – divulgação
Duda Salabert
Nome civil: Duda Salabert Rosa
Partido: PDT – Partido Democrático Trabalhista
Natural de Belo Horizonte, nascida em 1981, Duda Salabert Rosa é professora de literatura há 20 anos, dedicando sua atuação pedagógica na educação popular e na rede privada de ensino. Na esfera da educação popular, idealizou e coordena em BH a Transvest, projeto educacional que oferece cursos gratuitos de pré-vestibular para transexuais e travestis. Vegana há oito anos, Duda sonha com uma sociedade ecocêntrica, que tenha políticas públicas voltadas para a educação ambiental, a redução dos agrotóxicos e a diminuição de impostos sobre frutas, legumes, verduras e produtos orgânicos.
Casada e mãe da Sol, foi a primeira transexual do Brasil a efetivar o direto à licença-maternidade por 120 dias pelo INSS e a disputar o cargo de senadora e, mesmo não tendo sido eleita, recebeu mais de 351 mil votos – fato que a colocou como a quarta mulher mais votada da história das eleições de Minas Gerais. Eleita para seu primeiro mandato pelo PDT, Duda Salabert bateu recorde de votos na Câmara Municipal de Belo Horizonte, contando com 37.613 eleitores.
Fernanda Pereira Altoé
Nome civil: Fernanda Elisa Pereira Altoé
Partido: Novo
Nascida em Teresópolis (RJ) em 1979, Fernanda Elisa Pereira Altoé é casada e mãe de dois filhos. Advogada e pós-graduada em Direito Público pela PUC-Minas, trabalhou por quase dez anos como assessora no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em 2012 foi aprovada em concurso para a Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo. Em 2015 criou, em parceria com uma amiga, o escritório de advocacia “Melo & Pereira Altoé”.
Candidata em 2016 pelo mesmo partido, Fernanda Pereira Altoé alcançou, em 2020, 6049 votos, sendo eleita para o seu primeiro mandato. Em seu trabalho como vereadora, pretende focar em questões ligadas ao urbanismo, desenvolvimento, mobilidade e saúde primária. Dentre suas propostas principais estão a revitalização de praças e espaços públicos, a fiscalização eficiente da prestação de contas feitas pela Prefeitura à Câmara Municipal e a revisão e atualização de leis como a de Uso e Ocupação do Solo.
Flávia Borja
Nome civil: Flávia Ferreira Borja Pinto
Partido: Avante
Cristã, casada há 30 anos e mãe de três filhos, Flávia Ferreira Borja Pinto nasceu em Belo Horizonte, em 1972. Educadora e graduada em Fonoaudiologia, há 20 anos montou uma escola de educação infantil. Sempre esteve envolvida com projetos sociais, participando de missões cristãs de educação/alfabetização de adultos. É idealizadora do Projeto Juntos BH, que faz uma ponte entre empresários e voluntários e as comunidades da Vila Sumaré (Região Noroeste) e do Morro do Papagaio (Região Sul) para atendimento de necessidades diversas.
Com 5887 votos conquistados para o primeiro mandato, Flávia Borja se considera “liberal na economia e conservadora nos costumes”. Dentre suas bandeiras estão a defesa da mulher e de valores cristãos, escola livre de doutrinação, acolhimento da gravidez indesejada, liberdade econômica e melhoria da qualidade do ensino. Pretende trabalhar para a fiscalização dos mecanismos de denúncia e averiguação de violência doméstica, criação de programa de acolhimento para mulheres em situação de gravidez indesejada, abertura de novas vagas da educação infantil por meio de bolsas e implementação da disciplina “educação financeira” a partir do ensino fundamental, estimulando o empreendedorismo.
Iza Lourença
Nome civil: Izabella Lourença Amorim Romualdo
Partido: PSOL – Partido Socialismo e Liberdade
Jovem, negra, bissexual, mãe e periférica, Izabella Lourença Amorim Romualdo nasceu em 1996, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. É graduada em Comunicação Social pela UFMG e trabalha como metroviária. Durante o curso de Comunicação, participou do movimento estudantil e foi coordenadora geral do Diretório Central Acadêmico (DCE). Participou de lutas sociais da cidade (movimentos feministas, combate à LGBTfobia, movimentos antirracistas). Quando se graduou, em 2018, construiu o projeto social Consciência Barreiro, preparatório para o Enem. Em 2019 foi eleita diretora de base do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (SindimetroMG). Em 2020 idealizou a campanha de solidariedade Fica em Casa, voltada principalmente para garantir que mulheres de várias comunidades tenham acesso a produtos de higiene.
Eleita com 7.771 votos, em seu primeiro mandato, Iza Lourença tem como bandeiras principais o feminismo, o antirracismo, a luta contra a LGBTfobia e o preconceito em geral, a valorização dos trabalhadores da educação, a institucionalização das Escolas Municipais de Ensino Infantil (Emeis) em tempo integral, a recuperação dos cursos d’água da cidade e a segurança alimentar. A parlamentar irá priorizar as áreas da educação, transporte, cultura e segurança cidadã.
Macaé Evaristo
Nome civil: Macaé Maria Evaristo dos Santos
Partido: PT – Partido dos Trabalhadores
Nascida em 1965 em São Gonçalo do Pará, município do Centro-oeste mineiro, Macaé Maria Evaristo dos Santos é professora da rede municipal desde os 19 anos. Graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em Educação, foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária municipal (2005 a 2012) e estadual (2015 a 2018) de Educação. Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação. Coordenou programas como a implantação de Escolas Indígenas, a Escola Integral em Minas Gerais, a Escola Integrada em BH e as cotas para ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior, quando esteve no MEC, atuando em prol da inclusão educacional e da valorização dos professores.
Com 5.985 votos conquistados, Macaé Evaristo vai defender em seu primeiro mandato a escola pública como espaço de pluralidade e convivência democrática, articulada com a assistência social, a cultura e o esporte, preservando-a contra ameaças de privatização e censura ao livre debate. Tem orgulho de sua ancestralidade e pretende lutar contra o racismo estrutural, pela igualdade de oportunidades e pelos direitos da população negra e periférica, propondo políticas públicas voltadas à diversidade e à inclusão das mulheres e das minorias.
Marcela Trópia
Nome civil: Marcela de Lacerda Trópia
Partido: Novo
A servidora pública Marcela de Lacerda Trópia, nascida em 1994 em Belo Horizonte, cresceu com o sonho de transformar a política brasileira. Filha da professora Lourdinha, especialista em Políticas Públicas e apaixonada por BH, como se define, Marcela Trópia participou da criação do programa Liberta Minas, que seleciona bons projetos por critérios técnicos, compondo o maior edital de emendas do país. Formada em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro, defende uma cidade onde os jovens se tornem líderes, por meio da melhoria do ensino e do incentivo ao empreendedorismo.
Eleita para o primeiro mandato com 10.741 votos,pretende trabalhar pela redução dos gastos públicos, da burocracia e dos impostos, pelo fortalecimento do livre mercado e da livre concorrência e o estabelecimento de parcerias entre o Município e os setores privados para prestação de serviços de qualidade à população. A inovação na mobilidade urbana e a prevenção dos alagamentos que afetam a capital todos os anos também estão entre as bandeiras da vereadora, que promete atuar com dedicação e transparência pelo desenvolvimento sustentável da cidade.
Professora Marli
Nome civil: Marli Aparecida de Aro Ferreira
Partido: PP – Partido Progressista
Marli Aparecida de Aro Ferreira é formada em pedagogia pela PUC-MG, educadora e professora há mais de 45 anos. Após o nascimento de sua primeira neta, Mariazinha, que tem uma doença rara chamada Cornélia de Lange, lutar pela inclusão e proteger os direitos das pessoas com deficiência e com doenças raras tornou-se a missão de sua vida.
Eleita para seu primeiro mandato, Professora Marli teve 14.496 votos e foi a terceira vereadora mais votada da cidade, trazendo para a Câmara Municipal, além de mais representatividade feminina, voz para os raros, autistas, surdos, cegos e demais pessoas com deficiência, que receberão total atenção em seu mandato na capital. Nascida em Belo Horizonte, Marli conheceu de perto os problemas das periferias de BH e quer trabalhar pela parcela mais vulnerável da sociedade que muitas vezes é invisível para o poder público. Seu compromisso é lutar por uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
Sônia Lansky da Coletiva
Nome civil: Sônia Lansky
Partido: PT – Partido dos Trabalhadores
Nascida em Belo Horizonte, em 1962, Sônia Lansky é pediatra e chega à Câmara Municipal com uma longa trajetória em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), considerado por ela como um patrimônio do povo brasileiro. É a representante formal da ColetivA, grupo formado pelas covereadoras Dehonara Silveira, Juliana do Carmo, Lara Souza, Lígia de Laurentiis, Rúbia Ferreira, Sorângela de Souza e Stella Gontijo, e pelos covereadoresAndré Xavier e Rubinho Gianquito, além de outros militantes das lutas feminista, LGBTQIA+, antirracista, antimanicomial e antifascista. O movimento foi organizado para se contrapor às práticas da necropolítica, traduzida pelo uso do poder social e político para ditar como algumas pessoas podem viver e como algumas devem morrer.
Eleita vereadora pela primeira vez em 2020, com 4.793 votos, Sônia Lansky da Coletiva pretende exercer um mandato coletivo e plural, dando voz aos usuários e usuárias do SUS e a todas aquelas e aqueles que não têm tido acesso às políticas públicas. A parlamentar também quer romper com as práticas personalistas no cenário político e ampliar a representação democrática por meio da participação coletiva de diversos atores no processo decisório acerca das posições que tomará enquanto vereadora em um mandato colegiado.