O adeus de Francisco.

O adeus de Francisco. O primeiro Papa da A mérica Latina e o primeiro Pontífice não europeu em mais de 1200 anos escolheu o nome Francisco por identificar-se com o santo do mesmo nome, e desenvolveu uma profunda ligação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Papa Francisco foi acolhedor dos famintos, dos abandonados, dos imigrantes, dos que tinham sede de Justiça, dos habitantes de países pobres, independentemente de qual credo professassem. Assim, visitou mais de 65 países de cinco Continentes, entre eles, Jordânia, Albânia, Palestina, onde fez uma prece no Muro da Cisjordânia e visitou o Memorial das Vítimas do Terror , em Israel; nas Filipinas, reuniu mais de 7 milhões de pessoas na missa de encerramento em Luneta, tornando-se a maior viagem apostólica da história.

HOMEM SIMPLES

Homem simples, cultivava o humor, sempre com um sorriso no rosto afável; deu vida a personagem de cinema, no belo filme “Os dois Papas”; curtia o Tango do seu país de origem, mas também melodias de rock progressivo; foi um ícone cultural e referência nos debates de futebol, em que torcia pelo time de infância , o San Lorenzo de Almagro, na Argentina; nem Messi, nem Maradona, mas, sim, Pelé; rompeu tradições milenares na Igreja Católica, com amorosa assistência de Deus aos homossexuais, aos divorciados, aos moradores de rua, respeitando diferenças, com tolerância e humildade. Francisco era a fé viva: mesmo doente, percorria cidades com bengala, com dores, em cadeira de rodas; somente a morte interrompeu-lhe o caminho da religiosidade.

LIÇÃO PARA A HUMANIDADE

Francisco ensinou o mundo a viver os valores do Evangelho na sua plenitude, com amor misericordioso; disse que “O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença”.

O mundo inteiro se despede do Papa Francisco, com lamento e já com muita saudade, mas certo de que o Pontífice cordial foi recebido com pompas e alegria nos céus.