Posse de Maria da Glória Starling
Posse de Maria da Glória Starling
No último dia 03 de maio, Maria da Gloria Starling Aguiar entrou para o quadro efetivo desta instituição. Em cerimônia conduzida pelo presidente Dr. Josemar Alvarenga, contou com a presença de associados, amigos e familiares que foram prestigiar a nova árcade.
Glória ocupa agora a cadeira nº 20 cujo patrono é o escritor mineiro Bernardo Guimarães. Ela recebeu a comenda pelas mãos de seu esposo, o também árcade Dr. Ronaldo Vieira Aguiar e foi apresentada e saudada pela confreira Marilene Guzella Martins Lemos que ressaltou os dotes culturais e grande inteligência da neoacadêmica. A Arcádia de Minas Gerais foi fundada há 31 anos por um grupo de homens e mulheres desta capital comprometidos em cultivar e promover a cultura em suas várias expressões, notadamente as de raízes mineiras. Seu patrono é o poeta inconfidente CLÁUDIO MANOEL DA COSTA. Seus membros ocupam as 40 cadeiras nomeadas por personalidades de indiscutível valor cultural. O nome ARCÁDIA remete a uma província da antiga Grécia e tornou-se designação comum a sociedades literárias. Converteu-se num lugar imaginário onde vicejam as artes, principalmente a poesia.
Presenças de destaque na posse de Glória Aguiar
Entre muitos outros compareceram à posse representantes de várias academias de BH, Desembargadores, advogados empresários, amigos médicos também muitos familiares, filhos irmãos. Marilene Guzella Lemos, foi a sua proponente com muito brilho e eloquência. O patrono foi Bernardo Guimarães, autor da Escrava Isaura. Alguns nomes ilustres presentes: Desembargador Bruno Terra Dias, o empresário Wagner Collambaroli, o casal de médico Augusto Cançado e Beatriz. Vários professores da UFMG, Dr. Antônio Luís Custódio Neto e Luciana. O presidente da Arcádia, o médico, Dr. Josemar Otaviano Alvarenga que conduziu a posse valorizando a solenidade.
Representantes do Instituto Histórico geográfico de Minas Gerais foram cumprimentar a nova Árcade. Bem como de várias outras entidades culturais. A presença de muitos amigos queridos e ilustres foi muito gratificante para ela. Ronaldo Vieira de Aguiar, seu marido que também é Árcade colocou a medalha em Glória e declamou uma poesia de sua autoria lhe homenageando. Foi uma noite linda com apresentação musical na voz da advogada Marina Souza. E servido um coquetel aos convidados assinado por Sônia Ferreira. O secretário desembargador João Quintino e sua Esposa Dodora estavam presentes o tempo todo. – A professora Elza de Moura aos 107 anos compareceu. Ela é escritora e muito respeitada no meio cultural e pelos secretários de governo que a tem em alta conta. Foi homenageada pelo governo várias vezes. Trabalhou ao lado de Helena Antipoff.
HOMENAGEM DE MARIA DA GLÓRIA AOS PAIS
A justiça era sua religião. Natural de São Domingos do Prata, o juiz e desembargador João Gabriel Perboyre Starling honrou a profissão que abraçou. Nada a se admirar, já que filho também de um juiz e desembargador levou sempre com altruísmo a sua escolha. Perboyre Starling era filho de Alonso Starling e de Rita Carneiro Starling cresceu em Manhuaçu e de lá partiu para estudar e se formar em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 1938 recebeu seu diploma e foi atrás de seu maior sonho, ser juiz. Valadares o recebeu. Recém-casado com Maria Aparecida Valle Starling formou uma família e passou por várias cidades de Minas. Em todas deixou um legado de conhecimento jurídico, lealdade e pleno conhecimento do Direito.
No fim da década de 50 foi transferido para Belo Horizonte onde trilhou e culminou em uma carreira plena de convicção. Como filho de juiz soube honrar o nome do pai. Um dos filhos caçula, foi o único da família a chegar ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes passou pelo Tribunal de Alçada, onde ocupou a vice-presidência do mesmo. Já no Tribunal de Justiça teve uma passagem relâmpago. Faleceu em 1975, mas com o reconhecimento e conhecimento jurídico atestado por todos os seus pares. Perboyre Starling era um orador de plenos pulmões e em todas as solenidades era o escolhido para discursar, o que fazia com maestria e conhecimento jurídico e também de saber geral. Deixou à todos os seus descendentes o respeito por tudo aquilo que acreditou.