CINQUENTENÁRIO DE FORMATURA

CINQUENTENÁRIO DE FORMATURA

 TURMA DE DIREITO DA UFMG DE 1971 CELEBRA JUBILEU DE OURO E DEIXA LEGADO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS

Nivia Carvalho

 

 A partir de agora, você é o convidado especial dessa encantadora viagem no tempo com um grupo de amigos que celebram cinco décadas de um fraterno convívio. O advogado Expedito Euzébio da Silva é o porta-voz dessa inesquecível história de amizade, cumplicidade e companheirismo que ficará eternizada nas centenas de memórias de cada um, aquecendo almas e corações.

 “Era uma vez um grupo de rapazes e moças, vivendo o sonho dos seus 20 anos – alguns já se conheciam da mesma rua ou do mesmo bairro, outros foram convidados a se prepararem juntos – um grupo de jovens que se encontrou no vestibular para a Faculdade de Direito da UFMG”, narra o advogado Expedito Euzébio da Silva, dando luz e voz ao primeiro capítulo do enredo sempre atual e expressivo da cinquentenária turma.

O ano era 1967. Os estudantes recém aprovados nas provas superaram a tensão inerente ao momento crucial de decisão e escolha profissional criando um elo indissolúvel de familiaridade. “Vieram as comemorações e ali nos tornamos irmãos”, revela o narrador. “De imediato, passamos pelos sustos e pela movimentação frenética do trote”,prossegue, clarificando o cenário da época: o corre-corre, a farra da pintura dos cabelos e os  encontros nos bares da rua da Bahia, configurando a interação entre calouros e veteranos.

Alguns optaram por caminhos distintos e se dedicam ao jornalismo, funcionalismo público, docência, política, literatura, diplomacia e comércio, entre outras áreas. O fato é que “a turma de 71 é formada por pessoas de mãos dadas, conduzidas por um sentimento de amor incondicional, que vence o tempo e as intempéries”, sublinha
o porta-voz do grupo.

Para sempre na memória

Os fins de semana em sítios próximos a BH, as horas-dançantes, os namoros, a dificuldade de encarar aulas e dividir o tempo entre o trabalho e o estudo em casa são momentos marcantes que afloram das lembranças. As férias em grupo, destacadas pelo ineditismo e estado de alegria, ficarão para sempre na memória.

Expedito Euzébio da Silva, o porta-voz da turma

“O começo das aulas, o contato com os professores, alguns dos quais se tornaram amigos logo de início, e a aproximação gradativa entre os colegas”, também são lembrados pelo advogado. Com o passar dos anos, as amizades se estreitaram, e as crescentes responsabilidades não foram suficientes para ameaçar a plenitude da convivência.

Nesse contexto, surgia um líder que protagonizava a relevante iniciativa de motivar a integração dos colegas e tornar perene os laços de amizade: José Luiz Gouvêa Rios. “Parrudo, bonachão, alegre, generoso e brilhante nos estudos”, define Expedito Euzébio da Silva, se referindo ao advogado que se sobressaiu no campo do Direito Tributário. “Um dia, muito cedo, Rios deixou órfãos os seus colegas”, lamenta.

De mãos dadas

A atualização permanente de conhecimentos e a sintonia com a evolução tecnológica são o segredo para a turma de 71 acompanhar as constantes transformações do mundo contemporâneo e manter a jovialidade no universo profissional. “São tantos colegas notáveis e de destaque, que se torna difícil citar nomes”, revela o advogado, sobre os personagens que se tornaram figuras renomadas.

Alguns optaram por caminhos distintos e se dedicam ao jornalismo, funcionalismo público, docência, política, literatura, diplomacia e comércio, entre outras áreas. O fato é que “a turma de 71 é formada por pessoas de mãos dadas, conduzidas por um sentimento de amor incondicional, que vence o tempo e as intempéries”, sublinha o porta-voz do grupo.

A honrosa homenagem da OAB/MG encabeça a lista de comemorações dos graduados. A viagem para Cordisburgo e o lançamento dos livros ”O Colecionador de Fronteiras”, do embaixador Pedro Motta Pinto Coelho, e ”A Crônica de Lindolfo Paoliello”, da professora Letícia Mallard, também integram os eventos festivos realizados. Para o dia 10 de dezembro, está programado um encontro animado após a significativa  homenagem da Faculdade de Direito da UFMG. A celebração culmina com uma festa no Morro do Chapéu Golf Clube, no dia 11 de dezembro.

Incontáveis motivos para celebrar

O Jubileu de Ouro é sinônimo de uma história de vida. São 50 anos de trabalho, dedicação e representatividade. “A riqueza proporcionada pela diversidade de personalidades, estilos, vocação e jeito de ser de cada um dos integrantes de uma turma de mais de 300 pessoas, qualidades transferidas e acolhidas com respeito e amor incondicional representam o valor do legado desse jubileu”, declara, com orgulho, o narrador da história.

“Foi um convívio intenso compartilhando sonhos, ansiedades, dúvidas e objetivos”, relembra. A generosa doação de conhecimento e de experiências, o companheirismo e o apoio recíproco em ocasiões difíceis conferem uma aura de encantamento à trajetória marcante desse unido e coeso grupo.

“O relacionamento fraterno, as parcerias desenvolvidas e, em uma palavra, a amizade formada durante 50 longos anos, conferem, ao patrimônio reunido pela turma de 1971 da Faculdade de Direito da UFMG, o significado de um legado”, finaliza, com tom poético e sensibilidade.

Um grande jubileu

Ângelo Oswaldo de Araújo Santos – Prefeito de Ouro Preto

O convívio com muitos dos colegas de 1971 acaba por diluir a contagem do tempo, fazendo com que tenhamos todos
aquela sensação de achar que foi ontem. Mas são cinquenta anos, meio século contado a partir daquela festiva comemoração no Grande Teatro do recém-inaugurado Palácio das Artes. Recebemos o sonhado diploma da sempre denominada vetusta Casa de Afonso Pena, a egrégia Faculdade de Direito da UFMG, plantada na praça Afonso Arinos, chamada praça da República nos primórdios da capital.

Nossa turma prestou homenagem especial ao saudoso mestre Ministro Sálvio Figueiredo e teve como paraninfo o professor Geraldo Maldonado. Foram anos duros na vida do Brasil, e sentíamos os reflexos no dia a dia da escola. Fomos os últimos ingressados na UFMG pelo sistema de provas escrita e oral, e eu me lembro da arguição do poeta, acadêmico e ministro Abgar Renault, no exame de francês, e do professor Lídio Bandeira de Melo, na apavorante prova de filosofia, na qual nos arguía sobre o seu dileto mestre Farias Brito, sem admitir qualquer tergiversação quanto ao cânone por ele próprio consagrado.

Nessas cinco décadas, tomamos os mais diversos caminhos, e Antônio Augusto Cançado Trindade chegou ao Tribunal de Haia, a mais alta corte que um jurista pode alcançar. Há representantes de nossa turma mundo afora, e o advogado Expedito Eusébio, o nosso chanceler, é quem nos reúne e nos congrega, anualmente incentivando o reencontro e a celebração. Na alegria do jubileu de ouro, renovamos nossa crença no Direito, fundamento da liberdade, da democracia, da justiça e da paz.

 

 

 

 

2 thoughts on “CINQUENTENÁRIO DE FORMATURA

  • 7 de dezembro de 2021 em 12:19
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    Parabéns turma Direito UFMG 1971.
    Não pude compartilhar as comemorações mas compartilho a honra e alegria.
    Espero comparecer à cerimônia na Casa de Afonso Pena.

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  • 25 de janeiro de 2022 em 11:54
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    Caros Colegas.
    Foi um prazer ter podido comparecer à cerimônia oficial na UFMG.
    Calouro em 1967 e dos primeiros Databases do país desde 1968, além do convívio com colegas e eventuais incursões processuais, somente 50 anos depois, vejo a convergência entre tecnologia e direito, em especial na urna eletrônica, PJe, Processo Judicial eletrônico e outras inovações.

    Fico honrado de minha cidade, Santa Rita do Sapucaí, ter sido citada na cerimônia como polo de desenvolvimento. Convido a todos a visitarem nosso Vale da Eletrônica, onde finalmente posso conciliar minhas vertentes profissionais.
    Cito artigos em JusBrasil sobre Teoria do Estado de Direito Virtual, uma evolução pós-weberiana e convido a todos a conhecer o movimento RenaSCIdade em nosso pequeno e orgulhoso Recanto Feliz.
    Abraços

    Resposta

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