A coleção de relógios de parede e de mesa é outra atração à parte, revelando a evolução do objeto com o passar das décadas. Com cerca de 500 peças, reúne verdadeiras relíquias desde o século XVI. O relógio reinou absoluto como o maior objeto de desejo da população, até ser desbancado do trono justamente pela chegada do automóvel, lembra Rúbio.
Além de envolver um grande número de profissionais especializados na arte da relojoaria e da marcenaria, os relógios contam a história do mundo contemporâneo. Da mesma forma que os carros antigos, a coleção também começou com peças da família, até que o empresário conseguiu adquirir, de uma só vez, uma coleção com 170 relógios. Nascia ali a ideia de mostrar as preciosidades, todas em pleno funcionamento.
“Na Era Industrial, o relógio era objeto de necessidade de qualquer família”, lembra Rúbio, que destaca, além de exemplares dos I e II Impérios, a maior preciosidade do Museu: o relógio que marcou a hora do Brasil, um IBM Anos 1930, que ficava no prédio da Light, no Rio, e que, por ser elétrico, não poderia lhe faltar energia para funcionar.
“Carmo da Mata merece virar um pólo cultural”, defende o empresário, que ainda mantém em exposição ao público uma rara coleção de cachaças, 95% delas provenientes dos alambiques mineiros.