Mães de Primeira Linha 2021 – Lívia Paulini

Mães de Primeira Linha 2021 – Lívia Paulini

Por Helene Maria Paulinyi

Inicio com a manifestação de minha mãe, Lívia Paulini, a homenageada desta Revista, a pedido dela para compor esta mensagem. Com os seus 103 anos bem vividos com a graça de Deus e com o carinho abençoado da Santa Virgem Maria, ela assim se pronuncia:

“Essa homenagem vem beneficiar todas aquelas escritoras e tradutoras como eu, que praticam a arte de expressar o Belo, o Bom e o Justo na sua escrita, seja em prosa ou em poesia, e eu estendo a todas as mulheres com atividade literária plena vivendo não só aqui em Minas Gerais, mas nos cinco continentes. Em especial dedico às nossas escritoras da Academia Feminina Mineira de Letras que produzem poesia e/ou prosa retirada das suas próprias vidas, preenchendo o mandato de Deus, que inclui a humanidade inteira.”

Por isso, essa homenagem veio num momento propício para dar um impulso para que todas as escritoras se sintam valorizadas, não só pelo esforço neste momento atual de muita vulnerabilidade e fragilidade, mas pelos aspectos físicos, psíquicos e espirituais envolvidos.

O governador Romeu Zema com
Helene Paulinyi em solenidade recente

Reitero o desejo de minha mãe em reverter esta individualidade e alcançar globalmente a todas as escritoras da Academia Feminina Mineira de Letras nesta singela homenagem a ela dirigida.

De acordo com minha mãe, ela foi bem formada em Psicologia e em Artes Plásticas pela Faculdade de Gyor, na Hungria.

Casou-se com o engenheiro recém formado Ernest Paulini no ano de 1942 com quem teve dois filhos: Erno Ivan e a mim, Helene Maria, nós dois nascidos ainda na Europa. Veio a Segunda Grande Guerra e a família foi impelida a procurar um país mais pacífico e mais generoso no conceito de aceitar os desprotegidos e vulneráveis. Ao se estabelecer em Belo Horizonte, meu pai recebeu a cátedra de Química Orgânica no Departamento de Química da Escola de Engenharia da UFMG após concurso público. Dedicou sua vida na pesquisa como chefe do Laboratório do Instituto Nacional de Endemias Rurais, como professor e como Vice- Diretor da Escola de Engenharia e como consultor na área da saúde da Organização Mundial de Saúde, sediado em Genebra na Suíça, durante mais de vinte anos.

Um de seus sábios pronunciamentos que está dentro de mim como um legado dele inclui: “…por caminhos ásperos se chegam às estrelas…” que ele costumava mencionar em latim: “…per aspera ad astra…”

Minha mãe continuou a cultivar a cultura húngara pela prática das traduções. Deste modo mesmo após a sua saída de lá pôde divulgar a produção literária brasileira e a húngara, produzindo inúmeros livros por longos anos. Essa produção literária constante enfocava a da escritora mineira direcionada para a cultura local mostrando as raízes de origem européia.

No seu livro ANCORADOURO – várias vezes premiado – minha mãe expressa o seu desejo íntimo de encontrar uma terra onde pudesse se fixar com sua família. E achou, aqui nas terras de Minas o seu lar verdadeiro, de acordo com Henriqueta Lisboa no seu poema dedicado ao livro: “em terras de ouro achar o pouso…”

2 thoughts on “Mães de Primeira Linha 2021 – Lívia Paulini

  • 20 de janeiro de 2022 em 10:09
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    Que legal…!!
    Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim
    que puder… Boa sorte..!

    Resposta
  • 25 de março de 2024 em 19:15
    Permalink

    Oi…
    Visitei seu site, muito bom, voltarei em breve.
    Conheça o Sistema Primavera, vai gostar…
    Obrigado..!

    Resposta

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